Desde que resolvi começar a escrever, me permiti experimentar, pegar um pensamento e desenvolver um texto a partir dele. Muitas vezes, o texto flui e acabo compartilhando em minhas redes. Mas ontem, meus pensamentos não estavam em sintonia; estavam confusos e difíceis de entender. Não conseguia dormir, então resolvi escrever um texto que, ao final, se transformou em um poema em prosa, que nomeei de “Minha Mente.“
Minha mente me prega peças diariamente,
Vejo coisas que não estão ali.
Para você, não é real,
Mas para mim é real, sim.
Pode ser que seja apenas um momento,
Um breve devaneio, um insulto à normalidade,
Ou algo real que os outros não veem
Por não quererem ver o que está ali.
Veja, veja, abra seus olhos,
Não me deixe achando que meu lugar
Não é aqui, nem ali.
Seja como for, minha mente me mostra,
Revela o que se oculta no véu,
O que poucos, ou mesmo nenhum, enxergam.
“Pare com isso”, ecoa dentro de mim.
Não sei o que fazer,
Mas sei que não fazer também é o certo.
Vejo agora minha mente trazendo questões,
Certezas, incertezas — você disse certo,
Mas e se for errado? Agora a pergunta é outra,
E mesmo assim a mente brinca:
“Ha, ha, foi isso, foi isso,
Só mais uma peça que ela acaba de pregar.”
Após ler o que havia escrito, veio uma reflexão sobre o que é considerado real e normal, e que nos faz questionar as percepções impostas pela sociedade. O texto nos lembra que a realidade pode ser um conceito maleável, moldado por nossas experiências e emoções. Ele também representa o conflito interno entre o que vemos e o que os outros enxergam, sendo uma parte natural da existência humana, onde a mente é um lugar de incertezas, onde verdades e ilusões se confundem constantemente.
Não sei dizer se esse texto é bom, reflexivo ou imersivo, se ele vai fazer você pensar sobre o que é real para você ou não. Mas, após escrevê-lo, trouxe uma calma inesperada para minha mente. Percebi que, muitas vezes, o que precisamos é simplesmente externalizar o que estamos sentindo — abrir nossos olhos para enxergar o que frequentemente preferimos não ver.